Com quatro cinturões aos 40, Macaco diz que lutaria até de graça no UFC

Os números de Jorge Patino "Macaco" traduzem o significado da palavra experiência: 40 anos de idade, 18 de carreira, 46 lutas de MMA, 30 vitórias e quatro cinturões. Mas nada disso é suficiente para saciar a fome do paulista, que é muito lembrado pelos dois duelos contra José Pelé Landi na época do vale-tudo. Sem prever até quando seguirá lutando, ele se declara uma pessoa movida a desafios e que não consegue viver sem o esporte:

- A verdade é a seguinte: sou um viciado em MMA. Se eu não lutar, não consigo viver. Preciso todo dia ser campeão para tirar forças dentro de mim para viver - disse, "Macaco".

Mesmo com todos esses anos de estrada, Macaco só foi conquistar seu primeiro cinturão em 2011, quando venceu Pete Spratt por decisão dividida dos jurados para se tornar campeão peso-meio-médio (até 77kg) do evento americano Legacy FC. Tomou gosto pela coisa e acumulou na sequência os cinturões peso-leve (até 70kg) do mesmo Legacy, do Predador FC e por último do Max Sport, quando derrotou o campeão do The Ultimate Fighter e ex-UFC Efrain Escudero.

O título que ficou pelo caminho, por outro lado, foi o mais importante deles: o dos meio-médios do UFC. Macaco teve a oportunidade de conquistá-lo na única luta que fez na maior organização de MMA do mundo, em 1999, quando foi derrotado por Pat Miletich por decisão unânime. Ter uma nova chance lá é o maior objetivo do veterano, e ele garante que lutaria até de graça só para realizar esse sonho:

- Se o Joe Silva (matchmaker, que casa as lutas do Ultimate) me falar: "Macaco, vou te dar uma chance. Você luta de graça?". Eu luto! Luto de graça! E não escolho adversário, pode ser contra qualquer um, não me importo. Só para eu poder botar de novo meu pé no octógono. E vou te falar: é bom o pessoal abrir o olho, porque vou dar show. Vou cair para dentro como se fosse a última luta da minha vida e dar o meu melhor.

Casado há 13 anos e sem filho, o que ele diz que vai mudar no ano que vem, Macaco acha que mudou muito ao longo dos anos e deixou as polêmicas de lado, principalmente após ter virado evangélico. Dono de uma academia nos EUA, ele garante que não sai mais na noite e leva uma vida saudável: só come, treina e dorme.