terça-feira, 10 de setembro de 2013

Aos 28, brasileiro revoluciona chão de novo astro do UFC e o leva ao título

Anthony Pettis, o mais novo campeão do UFC, manteve o cinturão dos leves da organização com os Estados Unidos. Mas uma parcela da conquista tem um tempero brasileiro. E o culpado por isso é o técnico carioca Diego Moraes. Um ex-lutador de jiu-jítsu que tem uma íntima ligação com a tradicional família Gracie, ele virou técnico e precocemente, já aos 28 anos, chegou ao topo do Ultimate.
O caso do cinturão de Pettis é ainda mais curioso, afinal, o peso leve era apenas um faixa azul na arte suave e conseguiu a finalização com uma chave de braço, quando estava por baixo de Henderson, um faixa preta. E a aposta feita por Diego para trabalhar o chão destes lutadores é levá-los à fonte, numa espécie de "intensivão" dos gringos no Rio de Janeiro.
"O primeiro segredo dessa conquista é fazer o que se gosta. E eu achei importante trazer esses caras para o Brasil. Eu tenho uma relação de negócios com meus lutadores, afinal, eles me contratam para treinar. Mas, quando eu os faço vir para o Brasil e eles passam 15 dias, treinando, você cria uma amizade que supera essa relação treinador aluno. E a amizade é muito importante neste processo".
Na parte técnica, Diego Moraes se atém ao trivial. "Temos trazido os lutadores ao Brasil para eles fazerem muito chão e ganharem experiência contra outros faixa-preta. E eu acredito muito no jiu-jítsu básico. Jiu-jítsu, sozinho, é uma coisa, mas com MMA é muito diferente. A galera às vezes quer mostrar serviço, e ensina muita coisa que não funciona no MMA. Usamos muitos elementos não vemos outros faixa-preta fazendo no MMA. Tudo começa do 'antijiu-jítsu', para você aprender a se defender, e avança até o lutador passar a finalizar", acrescentou.
Diego afirma que a conquista do último dia 31 de agosto foi a realização de um sonho, ainda mais por se ver diante de uma lista de campeões que tem técnicos veteranos e renomados como Dedé Pederneiras, mestre de José Aldo, e Greg Jackson, que treina Jon Jones. "Fazer parte disso e ter um campeão do UFC não tem preço."
O carioca é de família tradicional no mundo das lutas. A começar pelo tio, José Moraes, que foi pupilo de Hélio Gracie e esteve presente em grandes momentos do jiu-jítsu e do vale-tudo no Rio de Janeiro, organizando o duelo entre Royce Gracie e Wallid Ismail, por exemplo. Filho de Hélio, Relson Gracie dava aulas na academia fundada por José na Ilha do Governador.

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