sábado, 5 de outubro de 2013

Após 14 vitórias relâmpagos, fenômeno do muay thai luta nos EUA para chamar a atenção do UFC


Thomas Almeida busca sua 15ª vitória no MMA em dezembro



















Os 162 segundos que compõem a média de tempo necessária para que o paulistano Thomas Almeida dê fim aos seus adversários no MMA dizem muito sobre seu estilo no octógono. Com 14 triunfos em um cartel invicto, o jovem de apenas 22 anos se orgulha ao dizer que, “forjado na porradaria da Chute Boxe”, sempre busca vencer o mais rápido possível. E, de fato, o faz.

Em sua última vitória, contra Cemir Silva, em setembro, Thominhas lutou pela primeira vez um segundo round, fato que não abalou sua confiança e agressividade, da mesma forma como a pressão por representar um time de tradição ou a vontade de se juntar aos parceiros de treino no UFC não alteram sua paciência para construir uma carreira sólida.

No próximo dia 6 de dezembro, no entanto, o peso-galo (61 kg) sabe que tem a oportunidade de dar mais um importante passo para chamar a atenção do maior evento de MMA do mundo. Com desafio agendado contra George Pacurariu pela 26ª edição do Legacy Fighting Championship, nos EUA, a missão é vencer e esperar, acima de tudo.

— A minha categoria está bem cheia no UFC e já conta com muitos brasileiros. Então tenho que lutar, ficar em dia e esperar a minha hora, sem pressa. Não tenho dúvidas de que, quando chegar a hora, estarei preparado, sempre em busca do meu sonho. Ainda sou novo, tenho muito pela frente.

Veloz nas lutas, Thomas também não perdeu tempo para engrenar na carreira. Treinando Muay Thai desde os 16 anos, foram necessários apenas 11 meses para sua estreia como profissional na modalidade, onde acumulou 27 vitórias, sendo 20 por nocaute, índice elevado para sua categoria de peso.

Por treinar na academia de Jorge ‘Macaco’ no Morumbi, bairro da zona sul de São Paulo, o próximo passo foi iniciar a série de treinos nos tatames de jiu-jitsu e, naturalmente, migrar para o MMA, modalidade iniciada em 2011.

Com praticamente uma luta a cada dois meses desde então, o atleta vai na contramão da atual tendência do esporte e, priorizando o ritmo de combate, descarta aumentar o tempo de descanso para se apresentar de duas a três vezes por ano.

— Fazer tantas lutas me deixa em um ritmo bom. Estou sempre treinando mais, pois ficar parado da uma acomodada, pelo menos para mim. Claro, cada um é de um jeito, mas eu prefiro assim. Uma luta a cada dois meses é bom e me deixa motivado, a não ser é claro, se eu tivesse uma lesão, mas não é o caso.

A única desvantagem, confirmada por Thomas, é a constante necessidade de encarar o processo de perda e recuperação de peso. “Cerca de 10 kg”, no caso do paulista. A solução, criada em conjunto com o treinador e empresário Diego Lima, é de atuar algumas vezes entre os pesos-penas (66 kg).

- Minha categoria oficial é a dos galos, mas como eu vinha de várias lutas seguidas, seria muito esforço baixar de peso mais uma vez esse ano. Pedi para o Diego para lutar nos penas e ele topou, sem problemas. Normalmente eu peso 73 kg e luto com 71 kg, é um esforço contínuo de dieta, um intenso desgaste.

Embora mais velho, o rival George Pacurariu possui menos lutas, mas passa longe de ser um oponente que não apresente perigo. Dono de um cruzado de direita perigoso e boa capacidade de absorção de golpes, o americano tem armas também no chão, área onde o especialista em Muay Thai ainda não foi testado com vigor. Mas o teste pode ser fundamental para alçá-lo de vez à condição de nova promessa a fazer parte do UFC.

Com a meta divulgada pela organização do evento de realizar 13 edições do show no Brasil em 2014, é de se esperar que, da mesma forma como aconteceu com os parceiros de treino Felipe ‘Sertanejo’ e Lucas ‘Mineiro’ e com o ex-lutador da Chute Boxe Leandro ‘Buscapé’, um convite a poucos dias de um confronto possa surgir. E, com pouco tempo de treino, muito menos com a possibilidade de fazer o processo adequado de redução de peso, o desafio pode ser maior do que o esperado.

— Eu preciso estar sempre preparado. Não tem como falar não para o UFC, então estou sempre pronto. Até porque, um convite de última hora pode ser a única oportunidade para entrar. E esse é meu sonho e meu trabalho. Aceito luta, não importa se uma ou duas categorias de peso acima. Eu encaro.

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