Depois de derrotar o americano Josh Rettinghouse pela co-luta principal do WSOF 9 e conquistar o cinturão peso-galo da organização neste sábado, o brasileiro Marlon Moraes mal conseguia explicar a sua felicidade com o título inédito:
- Estou muito feliz, foi muito bom. Eu venho de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, e a minha família, meu pai, minha mãe são duas pessoas humildes. Quem diria que, um dia, um Marlinho lá do Morro do Cordoeira ía chegar aqui nos EUA e ser campeão mundial? É muita felicidade!
Companheiro de treinos de Frankie Edgar, Ricardo Cachorrão e Renzo Gracie, o friburguense também fez questão de agradecer ao apoio de outro amigo e companheiro de time, o brasileiro Edson Barboza:
- O Edson foi quem me trouxe para cá, eu sou muito grato a ele. É um irmão para mim e a gente vem da mesma escola, do Anderson França, lá em Nova Friburgo. A academia é pequena, mas a gente sempre se dedicou e procurou melhorar cada aspecto da luta. E o Edson veio para cá para treinar com o Cachorrão e com o Frankie e me trouxe mais uma vez, pois eu já tinha vindo para os EUA por causa dele. Ele foi meio que meu pai. Eu nem estava indo tão bem assim no MMA e mesmo assim ele acreditou em mim, foi um dos que apostaram em mim, de que eu podia chegar e aqui estou eu hoje, o cinturão está aqui e, com certeza, um pedacinho é do Edson.
Marlon Moraes praticamente dominou os cinco rounds do duelo deste sábado, minando as pernas do adversário com chutes baixos que deixaram Rettinghouse mancando. Apesar de não ter levado a luta para o chão, ele revelou que estava preparado em todas as áreas e se impressionou com o queixo duro do americano:
- Ele era um cara muito duro, aguentava muita porrada e eu tentei achar as brechas, sem me espor. Tentei procurar defender as quedas, mas estava pronto para lutar no chão, senti que não era difícil derrubá-lo, mas realmente a parte em pé estava funcionando. Eu o acertei bastante e ele estava sentindo. Na minha cabeça passou: ‘Vou continuar indo ali, onde está machucando’. Mas eu não consegui finalizar, terminar a luta ali, ainda assim estou muito feliz. A luta foi para a decisão e, quando eu assinei o contrato eu assinei para lutar cinco rounds e foi isso que aconteceu.
Sobre o futuro, Marlon fez questão de esclarecer que ainda tem mais uma luta em seu contrato com a organização e que, apesar das especulações, seu próximo duelo será para defender o cinturão conquistado hoje:
- Eu tenho mais uma luta pelo WSOF. Essa foi a minha penúltima. Eu sou muito grato ao WSOF por tudo o que eles fazem por mim, mas eu não sei o futuro, vamos ver o que vai acontecer. Eu quero o melhor para mim, quero lutar contra os melhores , quero me testar, ganhar, perder, mas quero lutar contra todo mundo aí e ver no que vai dar.
O brasileiro ainda revelou que machucou o pé direito durante o duelo deste sábado, mas afirmou que isso não deve afastá-lo dos treinos:
- Agora eu vou encontrar o Frankie Edgar, a gente vai sair, trocar uma ideia, tomar uma cerveja e voltar para New Jersey porque temos que treinar com o Akira Corassani e com o Edson Barboza, porque eles têm luta marcada. Eu machuquei o pé, mas dá para treinar de canhoto. Eu acabei acertando alguns chutes no joelho, em algumas partes duras da perna do Josh, mas nada que me impeça de treinar ou fazer alguma atividade. O meu aniversário é dia 26 de abril e eu vou passar com a minha família. Depois da luta com o Edson Barboza eu vou lá comemorar com a minha família, com o pessoal humilde, vou levar o cinturão lá no bar do Ceceu para celebrar. - finalizou.
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